Os caminhos trilhados durante as mudanças são no mínimo desconhecidos. Reformular minhas próprias convicções, reavaliar hábitos que na minha prática diária se tornaram vazios de sentido. Confrontar minhas intenções e modos de agir e criticar as ideias que me cercam.
Revolucionar-se não é tão simples porque é preciso lidar com as complicações que produzimos ao longo da vida. Mas revolucionar-se é libertador! É libertador quando não nos perdemos completamente saindo da simplicidade de Cristo.
Como são caminhos desconhecidos e como nós somos seres com uma natureza corrompida pelo pecado; quando eu revoluciono a mim mesmo eu me levo para onde?
A boa revolução exige uma substituição de sistema. Substituir coisas más por outras coisas más é somente simulação de liberdade. É ser transferido de um presídio para outro: pode-se ter algum conforto ou benefício extra, mas é um presídio.
O processo de mudança em si precisa conter já a semente da nova vida.
Se eu quero sair de um esquema onde pessoas me subjugam ou me ferem, preciso fazê-lo sem ódio ou rancor.
Se eu quero largar os meus erros, preciso estar num processo chamado santificação. Santificação para mim traz a idéia de movimento em direção a algo, a santidade.
A ira do homem não produz a justiça de Deus!
Eu preciso mudar meu sistema interno. A lógica interna que se corrompeu.
É comum mudarmos de posição nas batalhas, mas é raro mudarmos o esquema do jogo. Mudar os alvos, rever os objetivos.
Eu preciso entender que a grande revolução não é externa, não é condenar e decapitar os meus opressores humanos, ou detonar os lugares onde sofri.
É sair para dentro de mais compaixão. É sair debaixo do julgo dos homens sim, mas para voltar a eles servindo-os em amor. Este é um dos paradoxos mais lindos do Reino!
Eu, ao me tornar livre em Cristo, vivo uma submissão mais essencial, mais entranhada, compreendida no íntimo, valorizada, útil para o próximo.
A revolução cristã não é egocêntrica, não é rancorosa, não é ensoberbecida, não é injusta...Sim a revolução cristã é em amor e é amor.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Refletindo acerca de obediência
Estou postando aqui uma reflexão de uma irmã e amiga nossa, a Lorena.
Até que ponto é correto obedecer?
Até o ponto em que sua consciência entender.
Disso não falo de obediência a Deus, mas aos homens!
De que vale para Deus um exército de homens sem entendimento, obedecendo cegamente a homens que "detêm o poder e a voz de Deus"?
No que é proveitoso para o Espírito que Ele se comunique por telefones humanos?
O Espírito nos foi dado para uma comunicação direta!
Para um diálogo específico comigo e com você. E muitas vezes outros nunca poderão entender.
Seria infantil de minha parte, achar que Deus só vai falar coisas sobre mim para mim (não foi assim com o rei Davi). Mas achar que Deus só vai me confrontar ou se comunicar comigo através de outros seria burrice.
E esse é o ponto: Deus não quer seguidores "burros", que entendem apenas palavras bem aglutinadas e impostadas. Deus quer um exército forte em conhecimento (amarás o Senhor teu Deus de todo teu entendimento) pessoal sobre Ele. Pessoas que andem perto dEle e por isso andam juntas, pois têm um amigo em comum, mas sua comunicação com cada um é direta!
Lorena
Basta ler com atenção para notarmos que a autora do texto não nega os princípios tradicionalmente acolhidos pela igreja: submissão, obediência. Mas não negar não significa torná-los ideias "intocáveis". Pelo contrário, exatamente por serem princípios importantes devem ser alvos de nossa criteriosa avaliação. Precisamos entender os princípios para não sair deles, para enxergar sua aplicação mesmo em situações incomuns.
A má aplicação dos princípios distorcem o entendimento dos fiéis. Mas quem aplicou mal? Nós mesmos. Não só os líderes, somos nós todos.
Nós entregamos para outros a responsabilidade que é nossa, e esses outros, bem intencionados ou não (depende da sorte), acabam tentando fazer por nós o que ninguém pode fazer: se relacionar com Deus.
No mais, amemos. Não só de palavras, mas em atos e em verdade.
Até que ponto é correto obedecer?
Até o ponto em que sua consciência entender.
Disso não falo de obediência a Deus, mas aos homens!
De que vale para Deus um exército de homens sem entendimento, obedecendo cegamente a homens que "detêm o poder e a voz de Deus"?
No que é proveitoso para o Espírito que Ele se comunique por telefones humanos?
O Espírito nos foi dado para uma comunicação direta!
Para um diálogo específico comigo e com você. E muitas vezes outros nunca poderão entender.
Seria infantil de minha parte, achar que Deus só vai falar coisas sobre mim para mim (não foi assim com o rei Davi). Mas achar que Deus só vai me confrontar ou se comunicar comigo através de outros seria burrice.
E esse é o ponto: Deus não quer seguidores "burros", que entendem apenas palavras bem aglutinadas e impostadas. Deus quer um exército forte em conhecimento (amarás o Senhor teu Deus de todo teu entendimento) pessoal sobre Ele. Pessoas que andem perto dEle e por isso andam juntas, pois têm um amigo em comum, mas sua comunicação com cada um é direta!
Lorena
Basta ler com atenção para notarmos que a autora do texto não nega os princípios tradicionalmente acolhidos pela igreja: submissão, obediência. Mas não negar não significa torná-los ideias "intocáveis". Pelo contrário, exatamente por serem princípios importantes devem ser alvos de nossa criteriosa avaliação. Precisamos entender os princípios para não sair deles, para enxergar sua aplicação mesmo em situações incomuns.
A má aplicação dos princípios distorcem o entendimento dos fiéis. Mas quem aplicou mal? Nós mesmos. Não só os líderes, somos nós todos.
Nós entregamos para outros a responsabilidade que é nossa, e esses outros, bem intencionados ou não (depende da sorte), acabam tentando fazer por nós o que ninguém pode fazer: se relacionar com Deus.
No mais, amemos. Não só de palavras, mas em atos e em verdade.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Sobre Tradições e Costumes dos Evangélicos - Parte I
Um dos grandes problemas nas igrejas evangélicas (católicas também) é as pessoas não entenderem a diferença entre Tradição e Escritura.
A Tradição tanto pode ser boa como pode ser ruim. A Escritura, no entanto, é sagrada.
A Tradição é fruto de uma interpretação temporal da Palavra de Deus. As Palavras do Senhor não passarão.
A Tradição vem da forma como um grupo em determinado tempo na história estabelece seu jeito de agir e comportar-se numa realidade terrena a partir da sua percepção da Palavra.
Um bom costume, enquanto ele for coerente com a realidade das épocas, deve ser preservado. Nós precisamos da profundidade histórica.
Não é porque o tempo mudou que a igreja vai substituir todos os seus costumes e não ter Tradição.
Por outro lado um costume novo não tem por que ser uma ameaça à Palavra simplesmente porque é diferente ou mesmo contrário à Tradição. O critério sobre os novos costumes e as novas maneiras de manifestar a fé não deve ser a Tradição mas sim as Escrituras. A Tradição contribui, sem dúvidas. Deve ser levada em conta por que traz a mensagem de vida de comunidades inteiras que viveram a fé antes de nós.
As comunidades cristãs vivem experiências com o Evangelho e por meio dessas experiências estabelecem meios de viver, de modificar a realidade, de expressar fé publicamente. Naturalmente estabelecem práticas devocionais edificantes. Mas não deveriam ESTABELECER como REGRAS para enquadrar a vida cristã. Estabelecer sim como hábitos, costumes, BONS costumes. Mas não como verdades absolutas que acabam por promover divisões no corpo e que incontáveis vezes servem para os "Lobos" como "instrumento sacralizado e sacralizante" de domínio e exploração dos fiéis.
Irmãos, é um assunto longo e muito bom. Paz! Depois tem mais.
Obs.: Lembrando que o objetivo não é destruir, mas compreender melhor para crer mais e expressar melhor.
A Tradição tanto pode ser boa como pode ser ruim. A Escritura, no entanto, é sagrada.
A Tradição é fruto de uma interpretação temporal da Palavra de Deus. As Palavras do Senhor não passarão.
A Tradição vem da forma como um grupo em determinado tempo na história estabelece seu jeito de agir e comportar-se numa realidade terrena a partir da sua percepção da Palavra.
Um bom costume, enquanto ele for coerente com a realidade das épocas, deve ser preservado. Nós precisamos da profundidade histórica.
Não é porque o tempo mudou que a igreja vai substituir todos os seus costumes e não ter Tradição.
Por outro lado um costume novo não tem por que ser uma ameaça à Palavra simplesmente porque é diferente ou mesmo contrário à Tradição. O critério sobre os novos costumes e as novas maneiras de manifestar a fé não deve ser a Tradição mas sim as Escrituras. A Tradição contribui, sem dúvidas. Deve ser levada em conta por que traz a mensagem de vida de comunidades inteiras que viveram a fé antes de nós.
As comunidades cristãs vivem experiências com o Evangelho e por meio dessas experiências estabelecem meios de viver, de modificar a realidade, de expressar fé publicamente. Naturalmente estabelecem práticas devocionais edificantes. Mas não deveriam ESTABELECER como REGRAS para enquadrar a vida cristã. Estabelecer sim como hábitos, costumes, BONS costumes. Mas não como verdades absolutas que acabam por promover divisões no corpo e que incontáveis vezes servem para os "Lobos" como "instrumento sacralizado e sacralizante" de domínio e exploração dos fiéis.
Irmãos, é um assunto longo e muito bom. Paz! Depois tem mais.
Obs.: Lembrando que o objetivo não é destruir, mas compreender melhor para crer mais e expressar melhor.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
O passado sozinho não é vida agora
A ação de "buscar a Deus" é um dos principais parâmetros para entender como o meu relacionamento com Deus está.
Se qualquer coisa que seja me faz parar de buscá-lo e eu me convenço a tentar simplesmente preservar minhas memórias quanto a esse relacionamento, eu já deveria mesmo era saber que o mesmo está cambaleando e próximo de um trágico fim.
Ostracismo, paralisia e morte.
A vida com a sua dinâmica característica está perdida.
Por mais que eu seja capaz de me lembrar das experiências do meu passado com Deus, se essas mesmas experiências não me motivam e impulsionam na busca de novas experiências, mesmo simples, mas constantes, diárias, então essas memórias estarão, no que diz respeito ao poder de vida, mortas.
A sede de buscar a Deus garante experiências novas e vivas que vão fazendo das memórias um rico e poderoso depósito fornecedor de matéria prima para o presente do relacionamento. As lembranças devem manter sua unidade com o agora, a vida agora que constrói também o futuro. Relacionamento com Deus é vida inteira.
O passado confere consistência e profundidade ao presente. Mas o passado sozinho não é vida agora.
Eu não deixaria de rever minhas experiências passadas com Deus, nem sob o medo da possibilidade de descobrir que essas experiências foram na verdade uma ilusão minha, uma interpretação ingênua ou um engano qualquer. Claro, isso poderia ser de certo ponto de vista algo destroçador, mas minha busca por Deus é Hoje. Quero conhecê-lo num processo que eu sei ser permanente, esteja onde eu estiver dentro desse processo. O indispensável é estar no processo, estar me relacionando hoje, buscando sempre.
Por outro lado, não seria justo comigo mesmo eu fazer uma revisão das minhas memórias com Deus fora da ação de buscá-lo, fora do trabalho de conhecê-lo. Seria entregar memórias preciosas que se discernem espiritualmente a uma mente fria que trabalha dentro de uma perspectiva estritamente natural.
Não deixemos de lembrar também que buscar a Deus não é o mesmo que buscar o que eu quero que Deus seja ou faça, nem é o mesmo que buscar meramente as manifestações sobrenaturais do Seu poder.
Quero conhecer e prosseguir conhecendo ao Senhor.
Se qualquer coisa que seja me faz parar de buscá-lo e eu me convenço a tentar simplesmente preservar minhas memórias quanto a esse relacionamento, eu já deveria mesmo era saber que o mesmo está cambaleando e próximo de um trágico fim.
Ostracismo, paralisia e morte.
A vida com a sua dinâmica característica está perdida.
Por mais que eu seja capaz de me lembrar das experiências do meu passado com Deus, se essas mesmas experiências não me motivam e impulsionam na busca de novas experiências, mesmo simples, mas constantes, diárias, então essas memórias estarão, no que diz respeito ao poder de vida, mortas.
A sede de buscar a Deus garante experiências novas e vivas que vão fazendo das memórias um rico e poderoso depósito fornecedor de matéria prima para o presente do relacionamento. As lembranças devem manter sua unidade com o agora, a vida agora que constrói também o futuro. Relacionamento com Deus é vida inteira.
O passado confere consistência e profundidade ao presente. Mas o passado sozinho não é vida agora.
Eu não deixaria de rever minhas experiências passadas com Deus, nem sob o medo da possibilidade de descobrir que essas experiências foram na verdade uma ilusão minha, uma interpretação ingênua ou um engano qualquer. Claro, isso poderia ser de certo ponto de vista algo destroçador, mas minha busca por Deus é Hoje. Quero conhecê-lo num processo que eu sei ser permanente, esteja onde eu estiver dentro desse processo. O indispensável é estar no processo, estar me relacionando hoje, buscando sempre.
Por outro lado, não seria justo comigo mesmo eu fazer uma revisão das minhas memórias com Deus fora da ação de buscá-lo, fora do trabalho de conhecê-lo. Seria entregar memórias preciosas que se discernem espiritualmente a uma mente fria que trabalha dentro de uma perspectiva estritamente natural.
Não deixemos de lembrar também que buscar a Deus não é o mesmo que buscar o que eu quero que Deus seja ou faça, nem é o mesmo que buscar meramente as manifestações sobrenaturais do Seu poder.
Quero conhecer e prosseguir conhecendo ao Senhor.
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