terça-feira, 5 de abril de 2011

Refletindo acerca de obediência

Estou postando aqui uma reflexão de uma irmã e amiga nossa, a Lorena.

Até que ponto é correto obedecer?
Até o ponto em que sua consciência entender.
Disso não falo de obediência a Deus, mas aos homens!
De que vale para Deus um exército de homens sem entendimento, obedecendo cegamente a homens que "detêm o poder e a voz de Deus"?
No que é proveitoso para o Espírito que Ele se comunique por telefones humanos?
O Espírito nos foi dado para uma comunicação direta!
Para um diálogo específico comigo e com você. E muitas vezes outros nunca poderão entender.
Seria infantil de minha parte, achar que Deus só vai falar coisas sobre mim para mim (não foi assim com o rei Davi). Mas achar que Deus só vai me confrontar ou se comunicar comigo através de outros seria burrice.
E esse é o ponto: Deus não quer seguidores "burros", que entendem apenas palavras bem aglutinadas e impostadas. Deus quer um exército forte em conhecimento (amarás o Senhor teu Deus de todo teu entendimento) pessoal sobre Ele. Pessoas que andem perto dEle e por isso andam juntas, pois têm um amigo em comum, mas sua comunicação com cada um é direta!

Lorena



Basta ler com atenção para notarmos que a autora do texto não nega os princípios tradicionalmente acolhidos pela igreja: submissão, obediência. Mas não negar não significa torná-los ideias "intocáveis". Pelo contrário, exatamente por serem princípios importantes devem ser alvos de nossa criteriosa avaliação. Precisamos entender os princípios para não sair deles, para enxergar sua aplicação mesmo em situações incomuns.
A má aplicação dos princípios distorcem o entendimento dos fiéis. Mas quem aplicou mal? Nós mesmos. Não só os líderes, somos nós todos.
Nós entregamos para outros a responsabilidade que é nossa, e esses outros, bem intencionados ou não (depende da sorte), acabam tentando fazer por nós o que ninguém pode fazer: se relacionar com Deus.

No mais, amemos. Não só de palavras, mas em atos e em verdade.

Um comentário:

  1. Faço uma observação: diz a Palavra acerca da Igreja: Deus está em todos, opera em todos e age por meio de todos. Deus se comunica de ilimitadas formas. Acredito que a idéia contestada no texto é aquela que acaba por substituir a responsabilidade individual de ouvir e obedecer a Deus, pela entregar irresponsável do seus caminhos aos "gurus".
    Não temos como ser igreja se não nos submetermos uns aos outros em amor, e a submissão chega até mesmo a ser mútua.

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