segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sobre Tradições e Costumes dos Evangélicos - Parte I

Um dos grandes problemas nas igrejas evangélicas (católicas também) é as pessoas não entenderem a diferença entre Tradição e Escritura.
A Tradição tanto pode ser boa como pode ser ruim. A Escritura, no entanto, é sagrada.
A Tradição é fruto de uma interpretação temporal da Palavra de Deus. As Palavras do Senhor não passarão.
A Tradição vem da forma como um grupo em determinado tempo na história estabelece seu jeito de agir e comportar-se numa realidade terrena a partir da sua percepção da Palavra.
Um bom costume, enquanto ele for coerente com a realidade das épocas, deve ser preservado. Nós precisamos da profundidade histórica.
Não é porque o tempo mudou que a igreja vai substituir todos os seus costumes e não ter Tradição.
Por outro lado um costume novo não tem por que ser uma ameaça à Palavra simplesmente porque é diferente ou mesmo contrário à Tradição. O critério sobre os novos costumes e as novas maneiras de manifestar a fé não deve ser a Tradição mas sim as Escrituras. A Tradição contribui, sem dúvidas. Deve ser levada em conta por que traz a mensagem de vida de comunidades inteiras que viveram a fé antes de nós.
As comunidades cristãs vivem experiências com o Evangelho e por meio dessas experiências estabelecem meios de viver, de modificar a realidade, de expressar fé publicamente. Naturalmente estabelecem práticas devocionais edificantes. Mas não deveriam ESTABELECER como REGRAS para enquadrar a vida cristã. Estabelecer sim como hábitos, costumes, BONS costumes. Mas não como verdades absolutas que acabam por promover divisões no corpo e que incontáveis vezes servem para os "Lobos" como "instrumento sacralizado e sacralizante" de domínio e exploração dos fiéis.

Irmãos, é um assunto longo e muito bom. Paz! Depois tem mais.
Obs.: Lembrando que o objetivo não é destruir, mas compreender melhor para crer mais e expressar melhor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário